Polónia
garante maior investimento para construir academia de pescas
A Polónia tem disponíveis
60 milhões de euros para a construção da segunda fase da Academia de Pescas do
Namibe, no âmbito do seu programa de apoio aos países em vias de
desenvolvimento.
Wojciech Charchalis, da Navimotor, empresa polaca envolvida na construção e
apetrechamento da academia, disse ao Jornal de Angola, em Gdansk, que a
primeira fase foi concluída a 23 de Agosto, quando o Vice-Presidente da
República, Fernando da Piedade Dias dos Santos, visitou as obras.
O arranque da segunda fase do referido projecto, segundo Wojciech Charchalis,
está condicionado à assinatura do contrato entre os dois países.
Está prevista a conclusão dos edifícios, a construção e apetrechamento do
centro de treino e salvamento e a finalização do navio-escola. A
Navimotor vai também erguer um bairro residencial, para apoiar o pessoal
docente e administrativo, além de oficinas e serralharia.
O programa inclui ainda o fornecimento do material para os laboratórios,
biblioteca e a assistência técnica e pedagógica.
A Academia de Pescas da província do Namibe está a ser preparada para acolher
1.500 estudantes em três faculdades, nas quais vão ser formados quadros
técnicos para todas as profissões ligadas ao mar, administração marítima e
indústria pesqueira.
Formação de engenheiros
A instituição vai formar engenheiros de outros países de
África e da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa para os sectores das
pescas, frota mercante, processamento de pescado, estudos dos recursos
aquáticos e administração marítima. Para o desenvolvimento e formação dos
quadros didácticos e administrativos da Academia de Pescas do Namibe, a parte
polaca garante formação superior para 30 estudantes, dos quais 20 no nível de mestrado
e 10 no de doutoramento.
Parcerias
Estão também garantidos estudos na Academia Marítima de Gdynia e outras
escolas superiores polacas a acordar pelos parceiros. Angola e a
Polónia têm relações de cooperação há longos anos. Os dois países têm representações
diplomática permanentes que facilitam a cooperação económica e institucional e
promovem o investimento. Aquele país do Leste da Europa já formou quadros
angolanos.